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Carlos Cidade eleito Presidente da Concelhia do PS/Coimbra com 69,06% dos votos

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Colóquio: “A Importância da Saúde no Desenvolvimento de Coimbra”


“FILEIRA DA SAÚDE” em Coimbra, necessita de Programa Estruturante de partilha de conhecimentos.
Universidade de Coimbra tem que apostar nas Ciências Empresariais.


No âmbito da campanha para a Presidência da Comissão Política Concelhia do PS/Coimbra, a Comissão da Candidatura – “A Mudança Responsável – Coimbra Vale a Pena”, levou a efeito o seu quarto colóquio, subordinado ao tema: “A Importância da Saúde no Desenvolvimento de Coimbra”, realizado ontem na Casa Municipal da Cultura de Coimbra.
Esta sessão começou com o moderador Reis Marques, mandatário de Carlos Cidade, a fazer uma apresentação dos ilustres oradores, cuja participação neste colóquio é uma mais-valia para esta candidatura.
Carlos Cidade começou por agradecer a presença de todos, para debater este tema, dado que “a Saúde, é uma área de excelência a um nível superior de prestação de serviços que Coimbra presta.” Lembrou também que “a estrutura hospitalar de Coimbra ocupa uma posição cimeira na rede hospitalar nacional, pela capacidade de atendimento e de internamento de que dispõe, pelo nível do serviço prestado, e, ainda pela actualização técnica e científica onde se destacam valências de prestígio.” Considerou também “a questão que hoje se coloca, sendo a Saúde, um sector de excelência da cidade, é que existirão algumas potencialidades por explorar, nomeadamente a articulação da investigação com o sector empresarial industrial e com a estrutura hospitalar.” Terminou esta intervenção introdutória e de agradecimento à presença de todos, com uma questão: “Poderia ou não constituir-se a partir desta articulação uma “fileira da saúde” integrada?
O primeiro orador foi António Travassos, médico e administrador do Centro Cirúrgico de Coimbra. Para este clínico, “falar da Saúde em Coimbra é aliar os Hospitais da Universidade de Coimbra à Universidade”. Pela sua experiência nacional e internacional, entende que “falta dar continuidade aos conhecimentos de excelência que existem em algumas instituições de Coimbra” e disse também que falta à cidade uma “Escola de Ciências Empresariais”. Entende que nem sempre se aproveitam as oportunidades, muitas vezes por desconhecimento e acha que “os médicos têm sempre tendência para complicar os diagnósticos”, aumentando assim os honorários e também “para se defenderem”. Na sua actual actividade, exclusivamente privada, os diagnósticos são feitos “duma forma computadorizada”. Como solução para o tão falado desperdício na Saúde, defende a “criação duma base de dados nacional”, de forma a evitar a duplicação de exames a que os doentes são sujeitos, muitos deles “sem qualquer valor científico”, o que poupará muito em medicamentos e actos médicos.
A segunda intervenção coube a Isolina Mesquita, administradora da Bluepharma. Como seria de esperar, esta especialista abordou a sua área de eleição – indústria farmacêutica. E, sobre esta, começou por afirmar que “as multinacionais praticamente abandonaram o país”. Informou também, que este sector tem “11 mil postos de trabalho”. Neste momento, “as empresas nacionais é que asseguram a produção de medicamentos”. Sobre a própria Bluepharma, informou que a mesma “tem 175 postos de trabalho e 70 por cento da sua produção é para exportar”. Acha que “há muito desconhecimento nesta área”. Apesar disso, tem um optimismo moderado, pelo que estabeleceram agora uma “parceria com a Universidade de Coimbra, o que tem dado excelentes resultados”. É preciso tirar o saber das universidades e pôr esses conhecimentos ao serviço das empresas. Terminou a sua intervenção com uma mensagem: “É preciso criar condições e motivar o conhecimento mútuo”.
A terceira intervenção esteve a cargo de Fernando José Oliveira. Para este médico e professor universitário, a sua intervenção era mais “como cidadão e não tanto como universitário”. Considerou que um dos problemas de Coimbra é a sua “desindustrialização”. Quando a cidade tinha indústria, a mesma “assentava em mão-de-obra barata” e agora assiste-se a uma “agonia do tecido empresarial”. Sobre a própria Universidade de Coimbra, acha que a mesma “tem sofrido uma perda de influência, mais parecendo agora uma universidade de âmbito regional”, a que não é estranha a abertura de novas universidades. Entende que “não há uma visão estratégica para Coimbra por parte dos poderes autárquicos” e que a cidade tem que ter como prioridade na área da Saúde “uma aposta forte no Turismo Científico”. A título de exemplo, referiu como é possível que uma cidade como Coimbra, “não tenha um centro de congressos” e aquele que se prevê “parece que vai ser mau”. Defende por isso, “que é preciso criar e desenvolver áreas a jusante e a montante da própria Saúde”, a qual “não é só prestação de cuidados assistenciais”.
Depois da qualidade das intervenções, com opiniões divergentes à mistura, seria normal haver um debate a sério, o que veio a acontecer. Reis Marques, que chamou à atenção das potencialidades do termalismo, deu então a voz à assistência e foram muitos os que intervieram: Jorge Lemos, Agostinho Almeida Santos, Manuel Antão, José Soares, José Manuel Ferreira da Silva e João Rosendo, entre outros. Destaque para a chamada de atenção de Agostinho Almeida Santos, para quem “o diagnóstico foi feito à 10 anos, o problema é que dai para cá nada se concretizou”. Por isso, apelou recentemente a Paulo Portas e Passos Coelho, em encontros idênticos a este, e fê-lo agora novamente a Carlos Cidade: "Encare-se a realidade, dado que o diagnóstico está feito, e procurem-se as pessoas certas, para o futuro que passa inevitavelmente pelas Ciências da Vida".
Os oradores convidados tiveram ainda oportunidade para uma breve intervenção final, para aprofundar um ou outro tema e para responderem às questões levantadas durante o debate.
A intervenção final coube a Carlos Cidade, líder desta candidatura. Reconheceu que “foram identificadas claramente as potencialidades de Coimbra na área da Saúde”, com destaque para o seu “aparelho científico”, não esquecendo os recursos humanos qualificados, “para uma outra política de atracção para o IParque”. Destacou ainda que Coimbra, “não deixou de ter o seu ambiente urbano favorável à fixação de mão-de-obra e de quadros qualificados”, pelo que neste momento “a questão difícil é o emprego.” Salientou ainda que os “elementos que aqui foram abordados, são um potencial de integração na fileira da Saúde”, a qual “é e pode ser ainda mais impulsionadora de uma Coimbra difusora de Inovação, de Desenvolvimento Científico e Produtivo.” Terminou a sua intervenção dizendo: “A programação de espaços de prestigio para sede e delegações de empresas, que poderia avançar por exemplo no IParque, mas em condições atractivas para os investidores. Concluindo, estamos perante uma necessidade absoluta de criar um PROGRAMA ESTRUTURANTE, para esta fileira da saúde. Este programa, deve ter um objectivo de integrar e potenciar as diversas vertentes ligadas ao sector da saúde na lógica da constituição dessa fileira, envolvendo todas as entidades, desde a Universidade e os seus vários departamentos, os Hospitais, os Institutos de investigação, a Câmara, a CCDRC, os empresários/industriais. Todos sabemos o que queremos, o que falta é todos fazermos bem.”
Neste colóquio, Carlos Cidade foi acompanhado pelos seguintes membros da sua Comissão de Candidatura: Ana Rosa Vaz, António Sequeira, António Vilhena, Carlos Martins (Cazé), Ernesto Moura, Ferreira da Silva, Linhares de Castro, Moura e Sá, Pedro Miguel Martins, Maria do Rosário Pimentel, Mário Carvalho e José Soares.
Subscrevemo-nos com as mais elevadas saudações socialistas.
Coimbra, 07 de Março de 2010.

PEL'A COMISSÃO DA CANDIDATURA DE CARLOS CIDADE
O Director da Comunicação,
josesoares.ps@gmail.com