No âmbito da campanha para a Presidência da Comissão Política Concelhia do PS/Coimbra, a Comissão da Candidatura – “A Mudança Responsável – Coimbra Vale a Pena”, levou a efeito o seu segundo colóquio, subordinado ao tema: “Água, Desafio do Século”, realizado ontem na Casa Municipal da Cultura de Coimbra.
Moderado por Mário Carvalho, membro desta Comissão de Candidatura, este colóquio teve a participação de: Martim Portugal (Professor Catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, tendo já sido seu Presidente do Conselho Directivo. Foi membro da Assembleia Municipal de Coimbra e Ex-Administrador dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Coimbra); Helena Freitas (Professora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Foi Provedora do Ambiente e Qualidade de Vida de Coimbra. Actualmente membro da Assembleia Municipal de Coimbra) e Nelson Geada (Presidente do Conselho de Administração da Águas do Mondego – Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e Saneamento do Baixo Mondego – Bairrada, S. A. (Grupo ÁGUAS DE PORTUGAL). Foi Director de Departamento de Ambiente da Câmara Municipal de Coimbra, Director Regional da Direcção Regional de Ambiente do Centro e Administrador de outras empresas do Estado, da área das Águas e Resíduos).
Martim Portugal foi o primeiro orador a intervir, que começou por afirmar, o que foi uma constante da sua intervenção: “A água é um bem público”. Considerou a importância da água como a democracia, que está presente na vida de todos nós e que tem as mais variadas formas. Não subscreve as opiniões daqueles que a acham um bem caro, afirmando que quase tem “vergonha ao pagar a factura da água lá de casa, que é mais barata do que o preço de algumas bicas”. Acredita que no futuro os preços da água serão mais elevados, ajustados à realidade, mas defendeu duma forma convicta que, independentemente das formas de gestão que a mesma venha a ter no futuro, ela “deve continuar a ser lusa”, dizendo que “a alma da água não é compatível com a entrega a outros”, não aceitando que a mesma possa vir a ser gerida por entidades estrangeiras. Sobre Coimbra, lembrou os tempos que passou pelo SMASC, nos tempos de Manuel Machado (presente neste colóquio), e referiu que estamos numa cidade privilegiada, dadas as características onde se fazem as captações, o que se traduz em Coimbra “ter uma água de excelente qualidade”.
Helena Freitas começou por dar outra classificação à própria água, afirmando que a mesma é acima de tudo um “recurso biológico”, embora haja alguns que dizem que é um recurso natural. Defende a reestruturação do sector agrícola, para o qual são essenciais os recursos hídricos. No mesmo sentido, disse que “não faz sentido falar da política da água, sem falar da política florestal”. Um outro aspecto curioso da sua intervenção, e que passa despercebido ao comum dos cidadãos, são os espaços verdes das cidades. Ao contrário do que seria desejável, os mesmos são “totalmente dependentes da água, o que é um profundo erro”. Por isso, defende a criação dos mesmos, onde não haja essa dependência.
Nelson Geada foi o terceiro convidado a usar da palavra, situando a sua intervenção mais numa análise entre a “água pública e água privada”. Começou por fazer uma análise histórica à própria água ao longo dos séculos, para dizer que um dos problemas da água nos dias de hoje, tem muito a ver com o excesso de consumo que é feito nas chamadas “economias emergentes”, onde se destacam países como a China, Índia e Brasil, os quais contribuem, e muito, para a escassez da água a nível mundial. A título de exemplo, mas muito significativo, disse que “para se obter um quilo de carne de bovino, gastam-se 15 mil litros de água”. Uma simples chávena de café, antes de chegar à nossa mesa, já teve um consumo de “140 litros de água”. Em relação ao nosso país, não teve dúvidas em afirmar: “No que respeita à água, em Portugal estamos bem”.
Seguiu-se depois um espaço de debate entre os convidados e os presentes, o que permitiu aclarar algumas questões que foram abordados nas intervenções iniciais, o que foi proveitoso e clarificador para se perceber melhor a importância da água neste século.
A última intervenção coube ao candidato à presidência da Concelhia do PS/Coimbra, Carlos Cidade, que agradeceu aos convidados o terem aceitado o seu convite para este colóquio, do qual o seu grupo de trabalho que está a elaborar o seu programa, iria tirar grandes ensinamentos. Por questões de maior rigor, transcrevemos na íntegra algumas das afirmações proferidas por Carlos Cidade, no seu discurso de encerramento deste colóquio:
“A posição estratégica de Coimbra integrada na Bacia Hidrográfica do Mondego, permite-lhe hoje através do elemento água, ser um factor de Coesão Regional.”
“Os processos de reestruturação em curso relativos à gestão dos vários sistemas, não podem implicar que a água saia da esfera pública.”
“Enquanto futuro Presidente da Comissão Politica Concelhia de Coimbra do PS, não permitirei e será denunciado, que qualquer processo negocial relativamente ao património municipal, como a empresa municipal Águas de Coimbra, seja desbaratado.”
“A Águas de Coimbra, é herdeira de um grande serviço/escola que foram os SMASC, tem um património de recursos humanos de grande qualidade, os serviços que presta honram a causa pública, e por isso exigem-se processos de transparência, face às possíveis tentativas declaradas ou não, de colocar em causa o serviço prestado.”
“Embora reconhecendo que qualquer processo de reestruturação, tem e deve ter por base o princípio da solidariedade, não pode por interesses meramente economicistas, colocar em causa o património da população de Coimbra, e o bem essencial que é de todos nós, a água, determinante para a nossa vida.”
Saudações socialistas.
Coimbra, 26 de Março de 2010.
PEL'A COMISSÃO DA CANDIDATURA DE CARLOS CIDADE
O Director da Comunicação,
josesoares.ps@gmail.com
Moderado por Mário Carvalho, membro desta Comissão de Candidatura, este colóquio teve a participação de: Martim Portugal (Professor Catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, tendo já sido seu Presidente do Conselho Directivo. Foi membro da Assembleia Municipal de Coimbra e Ex-Administrador dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Coimbra); Helena Freitas (Professora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Foi Provedora do Ambiente e Qualidade de Vida de Coimbra. Actualmente membro da Assembleia Municipal de Coimbra) e Nelson Geada (Presidente do Conselho de Administração da Águas do Mondego – Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e Saneamento do Baixo Mondego – Bairrada, S. A. (Grupo ÁGUAS DE PORTUGAL). Foi Director de Departamento de Ambiente da Câmara Municipal de Coimbra, Director Regional da Direcção Regional de Ambiente do Centro e Administrador de outras empresas do Estado, da área das Águas e Resíduos).
Martim Portugal foi o primeiro orador a intervir, que começou por afirmar, o que foi uma constante da sua intervenção: “A água é um bem público”. Considerou a importância da água como a democracia, que está presente na vida de todos nós e que tem as mais variadas formas. Não subscreve as opiniões daqueles que a acham um bem caro, afirmando que quase tem “vergonha ao pagar a factura da água lá de casa, que é mais barata do que o preço de algumas bicas”. Acredita que no futuro os preços da água serão mais elevados, ajustados à realidade, mas defendeu duma forma convicta que, independentemente das formas de gestão que a mesma venha a ter no futuro, ela “deve continuar a ser lusa”, dizendo que “a alma da água não é compatível com a entrega a outros”, não aceitando que a mesma possa vir a ser gerida por entidades estrangeiras. Sobre Coimbra, lembrou os tempos que passou pelo SMASC, nos tempos de Manuel Machado (presente neste colóquio), e referiu que estamos numa cidade privilegiada, dadas as características onde se fazem as captações, o que se traduz em Coimbra “ter uma água de excelente qualidade”.
Helena Freitas começou por dar outra classificação à própria água, afirmando que a mesma é acima de tudo um “recurso biológico”, embora haja alguns que dizem que é um recurso natural. Defende a reestruturação do sector agrícola, para o qual são essenciais os recursos hídricos. No mesmo sentido, disse que “não faz sentido falar da política da água, sem falar da política florestal”. Um outro aspecto curioso da sua intervenção, e que passa despercebido ao comum dos cidadãos, são os espaços verdes das cidades. Ao contrário do que seria desejável, os mesmos são “totalmente dependentes da água, o que é um profundo erro”. Por isso, defende a criação dos mesmos, onde não haja essa dependência.
Nelson Geada foi o terceiro convidado a usar da palavra, situando a sua intervenção mais numa análise entre a “água pública e água privada”. Começou por fazer uma análise histórica à própria água ao longo dos séculos, para dizer que um dos problemas da água nos dias de hoje, tem muito a ver com o excesso de consumo que é feito nas chamadas “economias emergentes”, onde se destacam países como a China, Índia e Brasil, os quais contribuem, e muito, para a escassez da água a nível mundial. A título de exemplo, mas muito significativo, disse que “para se obter um quilo de carne de bovino, gastam-se 15 mil litros de água”. Uma simples chávena de café, antes de chegar à nossa mesa, já teve um consumo de “140 litros de água”. Em relação ao nosso país, não teve dúvidas em afirmar: “No que respeita à água, em Portugal estamos bem”.
Seguiu-se depois um espaço de debate entre os convidados e os presentes, o que permitiu aclarar algumas questões que foram abordados nas intervenções iniciais, o que foi proveitoso e clarificador para se perceber melhor a importância da água neste século.
A última intervenção coube ao candidato à presidência da Concelhia do PS/Coimbra, Carlos Cidade, que agradeceu aos convidados o terem aceitado o seu convite para este colóquio, do qual o seu grupo de trabalho que está a elaborar o seu programa, iria tirar grandes ensinamentos. Por questões de maior rigor, transcrevemos na íntegra algumas das afirmações proferidas por Carlos Cidade, no seu discurso de encerramento deste colóquio:
“A posição estratégica de Coimbra integrada na Bacia Hidrográfica do Mondego, permite-lhe hoje através do elemento água, ser um factor de Coesão Regional.”
“Os processos de reestruturação em curso relativos à gestão dos vários sistemas, não podem implicar que a água saia da esfera pública.”
“Enquanto futuro Presidente da Comissão Politica Concelhia de Coimbra do PS, não permitirei e será denunciado, que qualquer processo negocial relativamente ao património municipal, como a empresa municipal Águas de Coimbra, seja desbaratado.”
“A Águas de Coimbra, é herdeira de um grande serviço/escola que foram os SMASC, tem um património de recursos humanos de grande qualidade, os serviços que presta honram a causa pública, e por isso exigem-se processos de transparência, face às possíveis tentativas declaradas ou não, de colocar em causa o serviço prestado.”
“Embora reconhecendo que qualquer processo de reestruturação, tem e deve ter por base o princípio da solidariedade, não pode por interesses meramente economicistas, colocar em causa o património da população de Coimbra, e o bem essencial que é de todos nós, a água, determinante para a nossa vida.”
Saudações socialistas.
Coimbra, 26 de Março de 2010.
PEL'A COMISSÃO DA CANDIDATURA DE CARLOS CIDADE
O Director da Comunicação,
josesoares.ps@gmail.com